NA MÍDIA ESPECIALIZADA

Desde que a revista CemporcentoSKATE fundiu-se à SKT o skate carioca tem sido pauta constante nas edições e no website da revista. O estilo for fun do skate carioca vem sido colocado em evidência em matérias veiculadas na mesma. Boa parte dos responsáveis por esta nova fase de mídia positiva sobre Rio de Janeiro é um grupo distinto como Charles Franco, Dhani Borges, Fernando Martins, além do músico, skatista e open mind Edu Lopes (A Filial).

O skate carioca não passa por fases boas, todos sabemos, mas mesmo com tantas dificuldades mercadológias e administrativas consegue-se tirar leite de pedra. Um dos pontos positivos que ainda fazem com que o skate carioca permaneça na cena nacional é o talento adquirido pelos skatistas cariocas de andar em picos horríveis (PROBLEMA NACIONAL) mesmo sem perspectiva de melhoria, tudo por amor ao carrinho. Outro ponto positivo constantemente abordado pelas mídias são os pontos skaturísticos que a cidade possui, alguns em franca decadência por falta de manutenção e outros até mesmo com sua existência ameaçada, como é o caso do Arpoador. Embora alguns picos de rua ainda sejam referência para o turismo street como a Praça XV, o Largo da Segunda Feira ou o monumento e a receptividade dos skatistas cariocas seja das melhores os investideores ainda não conseguem ver no Rio de Janeiro uma potência que pode ser muito utilizada.

Semana passada escrevi uma e-mail para algumas das principais marcas brasileiras - todas de fora do Rio, material de pesquisa para o documentário que estou elaborando, onde perguntei sobre o relacionamento, investimento, incentivo, percepção das mesmas sobre o Rio de Janeiro. O que pude constatar é que mesmo o Rio de Janeiro sendo uma das maiores polos de compras delas ainda não há projeto algum de incentivo ou investimento por aqui.

Quem sabe agora com este "bombardeio" de informações sobre o skate local que esta mídia especializada (CemporcentoSKATE) tem feito abra os olhos das marcas e dos investidores para o potencial do Rio. Não só mercadológico, afinal de contas e muito fácil colocar produtos a venda em um local onde o retorno é certo, difícil mesmo é investir na melhoria e na ampliação deste mercado. Sei que este não é um problema exclusivo do Rio de Janeiro, nem somente das marcas de skate, seria muita pretensão e muito complexo da minha parte, o que é difícil de entender é como o RIO DE JANEIRO com toda sua história, todo seu potencial, toda sua estrutura turística, com todo seu espaço físico e com tantos praticantes ainda seja tratado como um mero "mercadinho".